terça-feira, 28 de novembro de 2017

Morro Do Rio Comprido - Breve Descrição


Os 2 topos superiores da modesta serra ao sudeste de Rio Branco Do Sul, chamados Campina Dos Rosas e Morro Do Rio Comprido (ou "Pernambuco") podem ser vistos do mirante próximo à Cachoeira Do Roncador, em Colombo; porém não são visíveis entre si. Estando no primeiro deles, a única paisagem que a mata nos impedia foi a direção do outro, o qual erradamente pensávamos ser mais alto, e que no entanto tinha 3m a menos (1235m). Seu entorno é um planalto mais elevado que o do Campina; e sendo menor esse desnível, há também pequena desvantagem na vista.


Ele não é nada agudo, possui uma forma arredondada. Com acesso mais a oeste, pela Rodovia Dos Minérios, não demoramos a chegar na chácara da sua base, onde os moradores foram receptivos e nos indicaram a estradinha interna, que chega quase ao cume. Dela se vê bem a serra de Itaperuçu e outros contornos verdes no oeste.


Adentramos o capinzal à esquerda do caminho para alcançar a cerca que limita a propriedade; o topo está para além dela, num ponto que não localizamos tão rápido, porque todo o terreno ali é abaulado; coberto por pinus. Não fosse por eles, provavelmente o cenário para o lado oposto seria excelente. Há ainda outro morro acima dos 1200m nesse conjunto, porém "padece do mesmo mal". Como passeio, não deixa de ser agradável, mas o ideal é que seja feito como complemento de outras trilhas da região. Aquele dia escolhemos uma cascatinha no Rio Grande Da Laura.


quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Cachoeira Da Barragem


Distante 4km do centro de Bocaiuva Do Sul, a Usina do Roncador, que foi um dia a única fonte de eletricidade do município, encontra-se há 40 anos inativa e depredada no pouco que resta das suas antigas estruturas. A queda d'água que movimentava as turbinas pertence ao Rio Capivari, em cujo trecho na verdade ainda é chamado Roncador, tendo recebido os afluentes Antinha, Mina e Água Comprida. Na carta topográfica de escala “1:250.000”, consta o local como Rio da Mina até o encontro com o Bacaetava, de Colombo, porém em se tratando de nomes, a tradição oral tende a prevalecer.


Foi-nos mostrada por alguém da UTFPR uma elogiável ideia de revitalização e reaproveitamento do potencial energético da usina, incluindo até um pequeno laboratório para ensino sobre o assunto. O que falta é dinheiro, especialmente para compra das novas turbinas. Sendo escassas até as fontes de informação sobre as muitas histórias que aquele ambiente deve ter, resta ao visitante desfrutar o atrativo da sua cachoeira.

Para quem chega de Curitiba, logo de passar o centro, pode tanto entrar à esquerda na PR-506 (que vai para Rio Branco) e depois entrar na primeira à direita (via em mau estado); quanto pode escolher a saída seguinte da Ribeira - que é um pouco mais longa.

Deixa-se o carro a pouca distância do topo da barragem, sobre a qual se pode andar e ver a pequena parte de queda artificial acima da cascata verdadeira. Pelo lado esquerdo de quem chega, inicia uma trilha curta e lisa, mas não muito arriscada, que chega na frente do poço. Ele é largo, o caminho contorna-o, e parece haver outra trilha vinda das casas próximas.


O jorro d'água ora lembra um “x”, pela forma como se estreita, e também parece um pouco com a Cachoeira Quintilha, de Paranaguá, só que menor. Levando em conta a facilidade e a localização, vimos poucos vestígios ruins, não mais que uma ou duas latinhas jogadas no mato. Não só pelo frio foi que evitamos entrar no poço aquele dia. Há um grande orifício oculto na base da torrente, e dizem os locais que várias pessoas já morrerem nele quando abusam em nadar muito perto; de tal sorte que nem mergulhadores recuperaram os corpos. Pelo menos assim nos contaram.


Nota posterior: Para informações sobre o projeto de revitalização da usina, é favor escrever para: waltersanchez@utfpr.edu.br.

sábado, 4 de novembro de 2017

Cachoeiras Do Rio Massaroca


Quase junto à divisa de Rio Branco do Sul com Bocaiuva, na bacia do Rio Santana, nasce um afluente que corre de leste para oeste entre colinas não tão distantes do Morro Campina Dos Rosas. Ouvimos menção ao que lá existe de mais bonito enquanto conhecíamos a cascatinha de um certo rio próximo; lugar aquele onde todos disseram não haver cachoeira maior, porém tínhamos tanta esperança, que ainda me é difícil resignar. O acesso ao Massaroca passa pela estrada do Bacaetava, desde a qual um desinformado pode nem notar que já saiu de Colombo e entrou noutro município. Ali buscávamos a cachoeira que nos sugeriram, em seguida de ter visitado a do Roncador; e previmos que ambos passeios se complementariam muito bem.


Deixamos o carro e viemos procurando uma entrada de trilha, que estava a 415m do cruzamento com o rio – um bom tanto adiante de onde imaginei. Sendo uma das mais curtas já descritas aqui, esta picada é bem íngreme e lisa, mas não tivemos problema em descer. A cachoeira que encontramos não era muito alta; jorrava sobre um poço largo e não tão profundo, estando bem sombreada no fundo daquele vale. Ela sozinha já teria valido a pena.


Vimos um vestígio de trilha à sua esquerda, e ali já comecei a desconfiar. De volta à estrada, a intuição aumentou, e seguimos mais alguns metros à montante do rio procurando outra trilha que descesse. Logo notamos que o barulho d'água não vinha mais da queda anterior, e sim de um ponto acima. Achamos uma picada ainda mais declive e curta, que nos levou até a cachoeira maior, a qual apelidamos de "1".


Era mais perto chegar no seu topo do que na base, passando por uma pedra não tão confiável onde esticamos a corda (só para garantir) e chegamos no pocinho superior, defronte a outra cascatinha mais baixa. Depois descemos até a base da maior e vimos a ponta de trilha que subia da cachoeira 2, onde primeiro estivemos. A 1 é bem ampla, e o branco da sua água formava um bonito contraste com as rochas bem escuras.

 

O rio vizinho ainda estava nos planos daquele dia, mesmo que a visita  servisse como um "tira-teima" confirmando a inexistência de cachoeira; porém uma valetinha ao lado da estrada de acesso veio a nos causar uma "pequena calamidade", custando o resto da tarde até acharmos ajuda para tirar o carro de lá. No entanto não saímos reclamando, porque a satisfação desse dia foi bem maior que os transtornos.


 
Cachoeira 2 Cachoeira 1